Como Cultivar Gladiolus, a Palma-de-Santa-Rita

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Cozinha com Plantas: 7 Espécies Para Você Cultivar
15 de maio de 2025
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O gladíolo ou Gladiolus x hybridus, se preferir o nome técnico, é uma daquelas plantas que chamam atenção sem precisar de muito esforço. Com suas flores grandes, alinhadas como bandeirinhas em uma haste longa, ele virou figurinha fácil em jardins e arranjos florais. Mas antes de ser o que conhecemos hoje, o gladíolo percorreu um bom caminho.

De onde veio o Gladiolus?

Antes da hibridização (que é o cruzamento entre espécies para criar plantas com características específicas), o gladíolo já existia de forma natural em várias regiões do mundo — principalmente na África do Sul, mas também em partes da Europa, Ásia e do Mediterrâneo. Essas espécies selvagens eram mais simples, com flores menores e menos exuberantes do que as variedades que temos hoje.

A virada aconteceu no século XIX, quando jardineiros e botânicos começaram a cruzar diferentes espécies. O objetivo? Criar flores maiores, mais coloridas e com maior resistência. Foi aí que nasceu o Gladiolus x hybridus, um híbrido criado a partir de dezenas de espécies naturais. Esse processo fez com que o gladíolo deixasse de ser apenas mais uma planta do campo para virar protagonista em canteiros, vasos e buquês.

Como é o Gladiolus de Hoje?

A planta tem ciclo de vida perene — ou seja, ela volta a crescer ano após ano se for bem cuidada — e atinge entre 60 cm e 1,2 metro de altura. Suas folhas são longas e em formato de espada (aliás, o nome gladiolus vem do latim “gladius”, que significa espada). Já as flores crescem empilhadas em espigas, formando uma fileira que desabrocha de baixo para cima.

Você também pode encontrar o gladíolo por outros nomes: Palma ou Palma-de-Santa-Rita são os mais comuns, especialmente no interior do Brasil.

Onde Cultivar Gladíolos?

Essa é uma planta que precisa de sol pleno. Nada de sombra: se você quiser ver flor, o gladíolo tem que tomar sol direto por várias horas ao dia.

Quanto ao clima, ele é bastante versátil. Vai bem em regiões de clima tropical, subtropical, temperado e mediterrâneo, o que inclui a maior parte do território brasileiro. O importante é que o solo esteja bem drenado, já que os bulbos (tecnicamente chamados de cormos) apodrecem facilmente em solo encharcado.

Dicas rápidas de cultivo:

  • Plantio: Faça entre o final do inverno e o início da primavera.

  • Profundidade: Enterre os cormos a uns 10 cm de profundidade.

  • Espaçamento: Deixe pelo menos 15 cm entre cada planta.

  • Rega: Mantenha o solo úmido (sem encharcar), especialmente até a floração.

  • Floração: Normalmente entre 70 e 100 dias após o plantio, dependendo da variedade e do clima.

  • Pós-floração: Corte a haste floral seca e continue cuidando da planta para o próximo ciclo.

Gladíolo serve pra quê?

Além de ornamentar jardins, o gladíolo é muito usado em arranjos e floriculturas. As flores duram bastante depois de cortadas, o que é ótimo para quem gosta de enfeitar a casa com flores naturais.

Grupos Cultivados de Gladíolos: qual é o tipo ideal para você?

Nem todo gladíolo é igual. Com o tempo, o cultivo seletivo deu origem a diferentes grupos, cada um com suas próprias características de tamanho, forma das flores, resistência e uso ideal. Saber diferenciar esses grupos ajuda bastante na hora de escolher a variedade certa, seja para um jardim doméstico, para cultivo em vasos ou produção de flores para corte. Abaixo, você confere os principais tipos de gladíolos cultivados atualmente e o que esperar de cada um.

tipos-de-gladiolus

1. Gladiolos Grandiflorus (ou Grandifloros)

  • Flores grandes e vistosas, com diâmetro que pode passar de 10 cm.
  • São os mais comuns em floriculturas e também os preferidos para arranjos e cortes.
  • As hastes são robustas, com até 1,2 m de altura.
  • Necessitam de tutoramento (apoio) para não tombarem com o peso das flores.
  • Possuem uma enorme variedade de cores e formas.

Indicado para quem busca impacto visual e quer usar em buquês ou bordaduras no jardim.

2. Gladiolos Nanus

  • Variedades mais compactas e com flores menores, geralmente com cerca de 5 a 8 cm.
  • As plantas crescem até 50 cm de altura e dispensam tutoramento.
  • Florada geralmente precoce e mais resistente ao vento.
  • Muitos têm cores em dois tons e detalhes marcantes nas pétalas.

Ideal para vasos, canteiros menores e jardins que pegam vento ou chuva frequente.

3. Primulinus (ou Gladiolos Primulina)

  • Híbridos com uma aparência mais delicada e natural, derivados da espécie G. primulinus.
  • As flores têm formato mais estreito e pétalas superiores levemente curvadas para frente.
  • Crescem entre 60 e 90 cm, com um visual mais “selvagem” e menos simétrico.

Boa escolha para quem prefere um visual mais informal, rústico ou naturalista no jardim.

4. Gladiolos Butterfly (ou Borboleta)

  • Chamados assim por suas flores que lembram asas de borboleta, com pétalas largas e desenhos contrastantes.
  • Têm tamanho intermediário entre os grupos Nanus e Grandiflorus.
  • Costumam ter cores vibrantes com manchas centrais, o que os torna muito atraentes visualmente.

Perfeito para canteiros coloridos e mistos, com visual bem decorativo.

5. Gladiolos de Espécie (espécies botânicas puras)

  • Aqui entram as espécies não híbridas, como Gladiolus tristis, G. callianthus, G. papilio, entre outras.
  • Cada uma tem seu porte e características próprias, com flores mais discretas, muitas vezes perfumadas.
  • Algumas são usadas em programas de melhoramento genético.

Interessante para colecionadores, cultivo botânico ou quem busca plantas mais próximas da natureza original.

Vale a pena plantar o Gladiolus?

Se você gosta de flores vistosas e está disposto a dedicar um cantinho ensolarado do seu jardim (ou até mesmo vasos grandes na varanda), o gladíolo pode ser uma ótima escolha. Ele tem uma história interessante, exige poucos cuidados e entrega um visual que impressiona. E agora que você sabe quase tudo o que precisa para começar, conta nos comentários se você já conhecia essa linda flor.

 

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